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Borgonha

Após um deliciosa viagem por Champagne, seguimos de carro para a Borgonha. Aproximadamente 3 horas de viagem.

 

 

A Borgonha é reconhecida por ser uma das mais importantes regiões vitiviniculturas da França. Além do vinho, são muitos os motivos para visitar a região: os restaurantes aclamados, só no Guia Michelin, são 26 restaurantes estrelados, a mostarda, seu patrimônio histórico com exemplares tombados pela Unesco e seu passado rico.

 

 

Pinot noir e Chardonnay são as principais castas que resumem os vinhos da Borgonha – as duas uvas respondem por mais de 80% da produção na região. É ao longo da Route des Grands Crus que elas são cultivadas.

 

São quatro apelações na região: Grand Cru, 1er Cru, AOC Comunal e AOC Régional, que mostra exatamente em que terroir cada tipo de vinho é produzido.

 

 

As propriedades abertas à visitação na Route des Grand Crus são identificadas por placas “De vignes en cave”, onde os produtores oferecem ao visitante ao menos um vinho para degustação como cortesia, acompanhado de algumas explicações sobre a produção da bebida.

 

 

 

Tínhamos uma visita agendada às 11h no Clos des Lambrays . Um dos 33 Grands Crus da Borgonha, localizado em uma das regiões mais preciosas do mundo, chamado “Climats”. Fica na vila de Morey-Saint-Denis.

 

 

 

Fomos muito bem recebidos por nosso guia que nos mostrou o belo jardim, considerado um dos mais belos da região, https://www.youtube.com/watch?v=oXGHt_OjUJM a casa principal utilizada pelos proprietários para festas e reuniões,

 

 

e nos levou na sua antiga adega, que remonta ao século XVII, para degustarmos 2 Grand Crus. 

 

 

Um 2014 e outro 2016. Super!!!

 

 

Infelizmente é uma vinícola que não é aberta ao público. Mas fomos visitar para mostrar para vocês como é uma vinícola desse porte.

 

 

Fomos almoçar por perto pois tínhamos outra visita na região à tardinha. Dirigimos até o restaurante Castel De Tres Girard.

 

 

Indicação mais próxima do guia michelin na região, e uma ótima surpresa. É um châteaux também. Com uma boa opção de menu de 2 ou 3 passos, um preço justo e ótimos vinhos na carta para degustarmos.

 

 

 

Seguimos para o Domaine Taupenot Merme. Como estávamos adiantados no horário, conseguimos passear pela região. Lindo lugar!

 

 

Nossa guia chegou e logo começou nosso tour. Fomos direto para a área de produção.

 

 

Não visitamos as parreiras, pois não ficam no mesmo local. Diferente de Bordeaux, as vinícolas na Borgonha não são castelos gigantes. São casas e as plantações, normalmente, ficam em regiões próximas.

 

 

Fizemos uma degustação de barris. Foram muitos. Perdi a conta! Vinhos já prontos, mas aguardando o envelhecimento adequado para ser comercializado. Todos muito bons! Sempre da mesma uva, mas de diferentes regiões. É legal para você perceber o quanto o terroir faz diferença no resultado final do vinho. 

 

 

Heleni, nossa guia, muito simpática, nos presenteou com um grand cru! Muito especial essa visita!

 

 

Fomos ao hotel fazer nosso check in. Ficamos no Mercure, na cidade de Beune. Muito próximo ao centro histórico local. Um hotel 4 estrelas, que supriu todos os requisitos para uma ótima hospedagem.  Dessa vez, fizemos a reserva pelo site do hoteis.com, pois estava com um preço mais barato e dividia em 12x sem juros.

 

 

 

À noite seguimos para o centro de Beaune para jantarmos. Tínhamos uma reserva no estrelado Loiseau des Vignes,  que fica no hotel Le Cep, muito badalado na cidade.

 

 

Ambiente muito agradável. A comida estava muito boa e o atendimento também.

 

 

Vinhos bons, preço salgado. Acho que foi o restaurante mais caro que fomos. Mas não foi o melhor, apesar de estar tudo perfeito.

 

 

Segundo dia de viagem, resolvemos conhecer a pequena cidade de Nuits-Saint-Georges. Cidade que dá o nome ao Cotê de Nuits. Uma graça! Estacionamos o carro e fomos caminhar pelo local.

 

 

Estava chovendo, mas conseguimos conhecer boa parte do centro histórico da cidade. Vale a visita.

 

 

Fomos no famoso Imaginarium. É um “museu do vinho” moderno.

 

 

 

Lá você faz um tour conhecendo a história do vinho, de  onde tudo começou.

 

 

Depois tem um pequeno museu com degustações olfativas, demonstrativos reais da produção do vinho com todas as suas etapas e muito mais. No final, claro, uma degustação que você escolhe no começo da atração.  São 2 opções, dependendo dos vinhos que você escolhe para degustar: 10 ou 15 euros.

 

 

 

Funciona como uma loja de vinhos também. Achei bem interessante.

 

 

Como estávamos com horário livre, fomos passear pela região de Vosne-Romanée. Onde fica localizada o tão famoso Domaine de la Romanée-Conti, onde se produz o vinho considerado o maior da Borgonha e um dos melhores da França, reverenciado por enólogos e enófilos de todo o mundo. Passeando pelos vinhedos, encontramos um trabalhador nos vinhedos da Romanée-Conti. Claro que o Joca não ia perder a oportunidade de bater um bom papo com o mesmo, que nos mostrou onde ficava a sede da empresa. Seguimos então até lá. Chegando no local, tinha pessoas saindo e perguntamos se poderíamos entrar para conhecer. Eles nos pediram que interfonasse para pedir a permissão, pois eram apenas funcionário e não poderiam autorizar a entrada. Depois de muito convencimento, Joca interfonou. Para nossa surpresa, eles liberaram nossa entrada na vinícola e conseguimos tirar fotos do local e da tão famosa estátua do Romanée-Conti. Imagina nossa felicidade. Pena não liberarem uma degustação 😉 

 

 

Felizes, voltamos para o centro de Beaune para uma visita e degustação na famosa Joseph Drouhin. Uma visita particular com um guia bastante atencioso. Um passeio histórico muito interessante, onde tudo começou.

 

 

Hoje, eles possuem outra área de produção, mas mantém esse lugar pela história que representa para a empresa e para a cidade de Beaune.

 

 

Lindo lugar! Degustamos muitos vinhos! Foram 8. Adoramos todos!

 

 

Terminamos quase na hora do jantar. Nossa escolha foi o Ma Cuisine. Bem no centro da cidade.

 

 

Um delicioso restaurante com comida típica francesa, onde os próprios donos tomam conta da cozinha e do salão. Comemos um boeuf bourguignon que estava dos Deuses. Para mim, foi o restaurante da viagem. Ambiente é mais simples, assim como a comida, mas estava tudo sensacional!

 

 

 

Terceiro dia de viagem e agendamos um tour de bike pelas vinícolas e regiões locais. Fizemos nossa reserva do tour com a Active Tours. Empresa local de Beaune. O passeio percorre as aldeias de Pommard, Saint-Romain, La Rochepot, Puligny-Montrachet, Meursault e Volnay. Nos encontramos no centro de Beaune. Pegamos uma van, que nos levou até o ponto de partida para nosso tour.

 

 

Lá, pegamos nossa bike e iniciamos nosso delicioso passeio. Para os menos adeptos a bicicleta, eles dão a opção de bike motorizada, ficando mais democrático o passeio e podendo, todos, participar.

 

 

Em cada região por onde passávamos, nosso guia parava e nos dava uma explicação sobre a região, seu terroir e seus vinhos. Nosso guia era o melhor. Um senhor muito educado, extremamente atencioso e, com certeza, fez com que nosso passeio fosse muito especial. 

 

 

No caminho, paramos em um famoso castelo para conhecer. Um lindo lugar, com uma bela vista.

 

 

Seguimos para nossa primeira degustação. No alto da colina, entre as árvores, degustamos um vinho levado pela equipe, acompanhado de queijos deliciosos.

 

 

Era um vinho branco Bourgogne Aligoté. Uma uva não tão clássica na Borgonha, mas estava bem refrescante.

 

 

Continuamos nosso passeio até nossa próxima parada. Château Chassagne-Montrachet.

Fizemos degustação de 4 vinhos e fomos então para o almoço.

 

     

 

                   Um restaurante local, com comida tradicional francesa. L’Estaminet des Meix.

 

 

Comida estava bem gostosa. Bebemos bons vinhos e seguimos pedalando. Pedal ficou um pouco mais pesado agora, mas seguimos em frente 🙂

 

 

Domaine LeJeuns foi nossa última parada. Fizemos toda visita na adega e degustamos bons vinhos no local. Guia muito atenciosa. Saímos com a mala cheia de vinhos!

 

 

 

Pegamos a van para o centro de Beaune e chegava ao fim nosso maravilhoso passeio.

 

 

Tinhámos feito uma reserva para jantar no Le Carmin, mas chegando lá, não acharam nossa reserva, e o restaurante estava bastante cheio, então sentamos em um ao lado.

 

 

Não fomos felizes. A comida deixava a desejar, mas o atendimento era muito bom.

 

 

Acordamos com desejo de comer café passeando. Paramos em um mercado e compramos nosso café: pães, morangos, biscoitos, sucos…fomos conhecer o centro histórico de Beaune. Paramos na oficina do turismo e nos informamos as atividades locais. Decidimos pegar o trem que percorre a cidade contando um pouco da sua história. Tem na língua portuguesa, o que facilita muito.

 

 

Após nosso passeio, fomos direto ao Musee de L’Hotel-Dieu, que faz parte da herança dos Hospices de Beaune.

 

 

Era uma instituição de caridade criada em 1443 por Nicolas Rolin, chanceler do Duque de Borgonha e sua esposa Guigone de Salins. Funcionava como um hospital para os pobres.

 

 

Preservado em excepcional estado de conservação, seus quartos reúnem uma vasta coleção de objetos, móveis e tapeçarias da época. Lindo lugar.

 

 

Visita imperdível! Também com áudio em português para você não perder nenhum dado importante de sua história.

 

 

Sentamos na praça próxima para tomar um vinho e esperar o entardecer.

 

 

Infelizmente, nosso filho teve um problema de saúde, e tivemos que ir embora correndo no final da tarde, deixando para trás, o restante do nosso roteiro. Ficamos devendo Dijon, Château du Clos de Vougeot, entre outras atrações.

 

 

Mas prometo que iremos voltar em breve para completar nossa viagem e mostrar para vocês, todos os detalhes. Até a próxima…